* sinopse *
Amor, crime e luxúria combinam-se num romance misterioso perfumado de flores de cerejeira.
Depois de uma digressão esgotante para promover o seu novo livro, a célebre romancista de policiais Grace McCabe decide visitar a sua irmã, Kathleen, que se encontra angustiada com um divórcio litigioso. Ao chegar a Washington, Grace fica chocada ao ver que a irmã vive num bairro miserável e, para poder pagar um bom advogado, complementa o magro salário de professora trabalhando à noite como telefonista erótica.
De acordo com Kathleen, a Fantasy Inc. garante anonimato absoluto às suas empregadas. Mas Grace tem as suas dúvidas, que são confirmadas quando uma das telefonistas é assassinada numa noite perfumada de flores de cerejeira. À medida que Grace se envolve para ajudar a resolver o crime, a sua vida transforma-se no enredo de um dos seus livros.
Ed Jackson, o detetive responsável pelo caso e fã incondicional dos seus livros, avisa-a: isto não é ficção, estão a morrer pessoas e Grace pode ser a próxima vítima. Mas ela está decidida a apanhar aquele assassino muito mais perverso do que os que criou no papel. E nem Ed poderá protegê-la de um encontro com a luxúria e a morte.
Sou daquelas que consome séries de investigação como quem come tremoços numa tarde de Verão. Devo dizer que a minha preferida de todos os tempos é Mentes Criminosas. Esta história de Nora Roberts faz-me lembrar exactamente um dos casos que bem poderia fazer parte de um dos episódios da série.
Uma das coisas positivas deste livro é que tem personagens que transitaram de outra história da autora. E como já vos disse, sou fã da descrição e da personalidade de todos os personagens de Nora, que faz com que haja empatia por personagens que nos parecem tão reais. Reler personagens que já encontrámos noutros enredos é quase como se reencontrássemos velhos amigos.
Toda a história à volta de um assassino que cria na sua mente relações com as suas vítimas é de prender a leitura até à última página. Perceber o porquê e o que leva um miúdo que pode ter tudo, a tirar a vida a pessoas inocentes, dado que imaginou uma proximidade inexplicável com elas.
Claro que não podem faltar as relações familiares, de amizade e de amor. É de comover como todas elas se juntam em momentos menos bons. A perda de uma pessoa chegada nunca é fácil e sentir-mo-nos rodeados de amigos que viram família, pode aliviar um pouco essa dor e esse tempos difíceis. Grace pode querer parecer forte e independente, mas no fundo, só quer amor e um abraço à sua espera. E quando chega alguém que pode ser a pessoa que tem isso para lhe dar, ela não sabe como reagir. São demasiadas emoções em muito pouco tempo.
Para terminar, realço a coragem. Sim, a coragem de Grace que só quer "enterrar" a memória da irmã em paz e com tudo resolvido. É o seu último desejo para a irmã. Conhecer quem a matou e fazer justiça, seja de que maneira fôr.