#54 Um Perfume de Paixão

sexta-feira, 5 de março de 2021


sinopse 

Noiva do encantador e sedutor Greg Anders, Sara Shaw mal consegue esperar pelo dia do seu casamento em Edilean, na Virgínia. Mas apenas três semanas antes do dia do casamento, Greg recebe um telefonema durante a noite e sai sem dar qualquer explicação. Dois dias mais tarde, um homem aparece através de um alçapão no soalho da casa de Sara, afirmando que é o irmão da sua melhor amiga e informando-a que se vai mudar para casa dela.

Embora Mike Newland esteja realmente a dizer a verdade sobre a sua identidade, a razão que o levou ali tem muito mais que se lhe diga. É um detective que trabalha infiltrado; a sua missão é usar Sara para descobrir o paradeiro de uma mulher — uma das criminosas mais notórias dos Estados Unidos — que, por acaso, é a mãe do homem com quem Sara tenciona casar. Mike acredita que a investigação não será difícil — isto é, caso consiga arranjar maneira de fazer com que uma jovem de «boas famílias» como Sara confie em si. No entanto, Mike não faz a mais pequena ideia do que aquela missão lhe reserva. Esforçouse ao máximo para esconder as suas ligações a Edilean, as quais remontam ao tempo em que a sua avó vivera naquela localidade, em 1941.

Mas à medida que Mike e Sara se vão conhecendo, ele não consegue evitar partilhar segredos que nunca tinha partilhado com ninguém. Enquanto trabalham juntos para resolverem os dois mistérios, o amor crescente que desabrocha entre os dois começa a sarar cicatrizes de uma forma que nunca teriam imaginado ser possível.


Não sei se é de mim ou do livro, mas... não gostei muito, principalmente do "romance" e do casal protagonista, mas já lá vamos.
Como já todos sabem e conhecem, comparo muito a escrita de Jude Deveraux à de Nora Roberts, e aqui não é exceção. Um dos meus livros preferidos de Nora, é também a junção de romance e um toque de policial, "O Segredo de Black Hills" (já aqui falado no blog). E é mesmo nessa parte do enredo "policial" que comparo muito as duas escritoras, até mais precisamente aquele livro de Nora com este de Jude. Na minha opinião, é o que faz o livro, o que é mais chamativo nesta leitura, e confesso, o que me prendeu a esta história, sendo a minha parte preferida. Todo aquele mistério bem desenvolvido e explicado ao longo das páginas é o que prende o leitor.
Bem como todos os seus livros, a escrita de Jude é uma escrita fácil e de muito boa leitura, o que faz com que o leitor continue até acabar o livro, mesmo quando não existe motivação para tal.
Deixando o "mistério" do livro para o fim, até porque é a melhor parte, falemos então do casal que protagoniza a história de amor deste livro. Logo o que vejo nas primeiras páginas lidas é a súbita paixão avassaladora que assombra Mike e Sara, logo que se encontram. Pode não estar explicita na escrita, mas sabemos com atos e com os pensamentos de ambos que subitamente e ao fim de poucos dias, já se amam perdidamente. É tudo tão rápido, que parece irrealista, o que a mim, me deixa logo com o pé atrás. O que mais gosto nestas histórias e que faz com que o meu género literário eleito seja o romance, são aquelas histórias de amor levadas com leveza e uma boa dose de realidade, que são transportadas para algumas páginas em branco. É saber que a qualquer momento, o que estamos a ler, nos pode acontecer. É ler e imaginar que podemos ser nós aquelas personagens. Coisa que, lamentavelmente, não me aconteceu aqui. Penso, sinceramente, que tanto Mike e Sara dão muito mais à história individualmente.
Vamos agora à melhor parte do livro, aquela que me fez continuar até ao fim do livro. 
Toda aquela operação de infiltrado, para descobrir onde está e quem é a criminosa e o que é que ela e o seu cúmplice filho querem de Sara, melhor amiga da sua irmã, complicam o trabalho de Mike. Achando que esta operação policial podia ser e correr ainda melhor, não fosse a rápida relação amorosa entre o policia e a testemunha/isco, todos os passos e descobertas no caso vão pelo caminho certo e "fazem" o livro. O leitor vê-se intrigado e empolgado na pele de detetive neste caso até ao fim do livro. 
Não esquecendo de referir a minha personagem preferida, Mr. Lang. Como outras personagens, também aparece em outros livros que já li. Imagino-o aquele velhote misterioso que vive afastado de tudo e de todos, que mete medo às crianças e até mesmo a alguns adultos, mas que está sempre atento e pode até ser considerado um "desfavorecido" que rapidamente passa a ser a chave de qualquer enigma. Isso e ser um amante de animais, faz dele a minha personagem de eleição do livro.