#55 Um crime exagerado

sábado, 13 de março de 2021


sinopse

Três «detetives» involuntários. Uma morte inexplicável.

A vila de Lachlan sofreu um duro golpe quando dois cadáveres foram encontrados nas raízes de uma árvore caída. Graças a um trio improvável - a escritora Sara Medlar, a sua sobrinha Kate e o amigo Jack -, o mistério foi desvendado e a paz regressou à comunidade.

Agora, Sara, Kate e Jack não têm qualquer interesse em dar largas ao seu talento detetivesco, afinal, escaparam à morte uma vez e não querem tentar a sorte de novo. Mas talvez não possam evitar o que os espera, pois Janet Beeson acaba de ser barbaramente assassinada. 

A encantadora velhinha foi alvejada, apunhalada e envenenada. E quanto mais o trio descobre sobre a adorável Janet, maior é a perplexidade: o que poderá ter motivado tamanha violência? Mas eles já deviam saber que na pacata vila nem tudo é aquilo que parece…


Lembram-se de ter falado aqui do livro "Um Crime Anunciado"? Pois bem, este é a continuação desse mesmo livro. É a continuação da relação entre o trio, Sara, Kate e Jack, e de mais um crime por resolver. Sinceramente, gostei muito mais da envolvência desta história. Começando pelo crime, muito mais elaborado, com muitas mais histórias paralelas que fazem o interesse do leitor crescer a cada página. Depois temos o trio protagonista muito mais envolvido entre si, bem como com todo o meio envolvente dos vários mistérios. 
Quanto à escrita não vou dizer nada que já não saibam, é o estilo de Jude Deveraux, de fácil compreensão e de uma leveza sublime. 

Falando agora das personagens, falemos principalmente do tão famoso trio. Se no primeiro livro, a minha personagem preferida era Sara, pela sua espontaneidade e criatividade, e o que menos gostava era Jack - achava-o um pouco sem sal sabem? Transmitia ser uma pessoa muito "estática" que seguia sempre tudo o que Kate e Sara faziam e diziam. Já neste livro, acabo por achar quase o contrário. Achei Sara um pouco mais apagada, e nem mesmo o suposto romance tão fugaz mudou a minha opinião. Não sei se foi porque, ao desvendarem o mistério, muitas das decisões eram tomadas por Kate e Jack, sem Sara saber, para a "proteger" e não a abalarem mais, dado que a vítima tinha muito em comum com ela. Se foi isso, consigo compreender, mas com muita pena que as suas saídas perspicazes e carismáticas tenham ficado, maioritariamente no primeiro livro.
Já Jack, acho que teve aqui um "boost" de carisma e personalidade e chegou-se à frente. Nesta história adoro a maneira como ele chama a atenção de Kate e os pequenos "picanços" entre ambos, porque toda aquela conversa de - "ele é como uma irmão para mim" e "só a vejo com uma irmã", já chateia não é? Até mesmo na tomada de decisões e no desenrolar da história, parece que finalmente se tornou um membro ativo do grupo. Será que me ouviu ou que leu o que escrevi no outro post? (Jack, se estás a ler isto, por favor, vai em frente com a Kate, está bem? São dois a querer ok? - recado dado)

Como já disse, gostei muito do crime deste livro. Um bom enredo, onde o assassino não é entregue ao leitor logo nas primeiras páginas e com as várias pistas e suspeitos, o leitor torna-se detetive até ao fim. Uma das coisas que mais me prendeu ao livro foi o fato de a escritora, para além do crime principal, juntar pequenos crimes secundários à história, o que fez com que houvesse muito mais enredo e deu muito mais trabalho ao leitor a desvendar todos os mistérios deste livro. No todo, achei este livro muito mais interessante que o primeiro, e se formos neste registo, quero acreditar que o terceiro vai ser ótimo.